Produtora e Distribuidora Cinematográfica
O objectivo da APM actions per minute é, tanto no campo da ficção como do documentário, trabalhar com realizadores já consagrados, e ao mesmo tempo criar condições a jovens realizadores para desenvolverem novas linguagens e se afirmarem, privilegiando as coproduções internacionais e o intercâmbio de diferentes visões cinematográficas e audiovisuais.
E fazendo justiça ao nome, (APM é o acrónimo do nome da sua fundadora, Ana Pinhão Moura, e do termo utilizado em jogos – normalmente de computador – de estratégia, em tempo real, e refere-se ao número total de ações que um jogador consegue realizar no prazo de um minuto, e um alto APM é sinónimo de velocidade, eficiência e precisão), a APM ACTIONS PER MINUTE apesar de tão recente, apresenta já várias longas-metragens, em competição nos principais festivais, estreados em vários países, e com bons resultados de exploração comercial, e muitos projectos em curso.
Esta produtora, sediada em Lisboa, e fundada no final de 2017, termina 2024, com o fim da rodagem da primeira longa-metragem de Mário Patrocínio, "ILHAS", e com a estreia, na RTP1 e RTP Play, da nova série de Ivo M. Ferreira, "O AMERICANO".
No início de 2024, estreou nas salas portuguesas "DIÁLOGOS DEPOIS DO FIM", um filme mais experimental Tiago Guedes, seleccionado para a Mostra de São Paulo e para o LEFFEST 23, que já foi difundido em streaming, em 32 países, pelo ARTE kino.
Em 2022, produziu a última longa-metragem de João Mário Grilo, “CAMPO DE SANGUE, seleccionada para a Mostra de São Paulo, depois de ter tido a sua estreia internacional na selecção oficial do Festival de Vancouver.
A APM coproduziu "LONGE DA ESTRADA", de Hugo Vieira da Silva, que estreia no início de 2025; “RESTOS DO VENTO”, de Tiago Guedes, que integrou a selecção oficial do 75º Festival de Cannes, em 2022, fora de competição; “MOSQUITO”, o filme de abertura do Festival de Roterdão 2020, que estreou em Portugal e França, e foi o filme indicado por Portugal para os Goya 2020; e “RUTH” que estreou nas salas de Portugal e Moçambique e esteve em competição no ARTE Kino.
Foi produtora associada das longas-metragens "OS PAPÉIS DO INGLÊS", de Sérgio Graciano, que depois da antestreia mundial, em competição, no Festival de Tóquio, estreou, no final de 2024, em Portugal e Angola, e foi transmitido na sua versão mini-série de 3 episódios na ARTE France; “ORDEM MORAL”, de Mário Barroso, que estreou em Portugal e França e esteve na Mostra de São Paulo, Festival de Tóquio e Mostra de Valença, em 2020; “A HERDADE”, de Tiago Guedes, em competição em Veneza, em 2019, e o filme português indicado para os Oscar e Goya; e de “O CADERNO NEGRO” de Valeria Sarmiento, em competição em San Sebastian, em 2018.
De momento, está a preparar "ELA OLHAVA SEM NADA VER", longa-metragem realizada por Fanny Ardant, que será rodada nos Açores, na Primavera de 2025, e a série documental "O GOSTO DO RISCO, o risco do gosto: Paulo Branco, uma história do cinema", que será a estreia de Ana Pinhão Moura na realização. E está em fase de desenvolvimento da próxima longa-metragem de Mário Barroso, "O MISTÉRIO DE CAROLINA L."de João Mário Grilo, "O PROCESSO DAS VIRGENS", entre outros projetos.
Equipa
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Produtora
Ana Pinhão Moura
Em 1994, com apenas 19 anos, e enquanto ainda estudava na Escola de Cinema do Conservatório Nacional (Instituto Politécnico de Lisboa), Ana Pinhão Moura começou a trabalhar na produtora de televisão MMM como anotadora e assistente de realização em programas de televisão: de magazines de moda mais alternativos como “86-60-86” a grandes produções de estúdio como “NOITE DE REIS”. Os produtores José Eduardo Moniz e Gabriela Sobral logo se aperceberam da sua capacidade para a produção e rapidamente lhe confiaram a chefia das suas equipas.
Em 1996, terminou o curso de montagem, e foi para Macau produzir o primeiro filme do seu amigo de infância, Ivo M. Ferreira, “O HOMEM DA BICICLETA”, e o que era suposto ser um pequeno documentário feito por um grupo de amigos, acabou numa média-metragem, a vencer prémios em vários festivais.
Em 1997, regressou a Portugal, e à chefia de produção de dezenas de programas de televisão, telediscos, eventos, documentários, tempos de antena e campanhas publicitárias para as principais agências.
Em 2000, Luís Osório convidou-a para ser produtora executiva da Mínima Ideia, onde apresentaram alguns dos mais icónicos programas do início do século (Loja do cidadão, Zapping, O Trabalho, Fenómeno, etc), onde apostando bastante no docudrama desenvolveram novas linguagens e lançaram jovens criadores como Tiago Rodrigues, Nuno Costa Santos, Luís Filipe Borges e Alexandre Borges.
Em 2002, Ana decidiu que estava na altura de se aventurar num novo desafio, e o amor pelo cinema falou mais alto: enviou o seu currículo para o produtor mais consagrado e prolífico do País, Paulo Branco, e foi de imediato convidada para ser Directora de Produção de “VAI E VEM”, o derradeiro filme de João César Monteiro, tendo depois ficado a trabalhar quase 20 anos como directora de produção/produtora executiva “fixa” na Madragoa Filmes, Clap Filmes, República Films, Alfama Films e Leopardo Filmes.
Desde então (embora ocasionalmente tenha trabalhado como produtora freelancer de publicidades, instalações video-art de Julião Sarmento e de uma longa-metragem de Bruno de Almeida, “LOVEBIRDS”) foi o braço direito de Paulo Branco, trabalhando como sua Produtora Executiva, em filmes por todo o mundo, e com realizadores consagrados, como Raul Ruiz, Werner Schroeter ou Benoît Jacquot, e tendo sido responsável pela produção do Lisbon & Estoril Film Festival, desde o seu lançamento em 2007, até à sua consolidação em 2014, altura em que o volume de produções passou a ser tão elevado que Ana teve que deixar o festival para assumir a direcção do Departamento de Cinema da Leopardo Filmes, onde foi responsável por todas as candidaturas, produções e pós-produção.
Paralelamente, desde 2014, Ana Pinhão Moura foi gerente da Alfama Films Production, em Portugal, onde foi a produtora de “POSTO-AVANÇADO DO PROGRESSO” de Hugo Vieira da Silva e a versão série de “A HERDADE” de Tiago Guedes, já transmitida com excelentes resultados pela RTP, ARTE France e HBO Portugal.
E sem renunciar ao seu passado, aliás com muito orgulho em tudo o que aprendeu com alguns dos nomes maiores do cinema e audiovisual nacional com quem teve a honra de trabalhar - José Eduardo Moniz e Gabriela Sobral (1994 – 1998), Diamantino Ferreira e Alexandre Reina (1999), Luís Osório e Tiago Rodrigues (2000-2002) e Paulo Branco (2002-2020) chegou o momento de Ana Pinhão Moura avançar em nome próprio, criando a sua própria produtora.